>>Não acompanhei o prêmio ao vivo e quando fui olhar o resultado, tomei um susto. Não que seja desmerecido, mas todos na pré-temporada esperavam que Luck fosse o vencedor ou até mesmo Trent Richardson. Ai você se pergunta: o que aconteceu? Aconteceu que Griffin III é muito bom. Simples como isso. Teve uma temporada espetacular e desbancou a estrela Andrew Luck, isso comprova que a class do draft 2012 tem mais de um bom QB.
Mais do que isso, ele foi capaz de ter excelentes números pessoais, quebrando recorde de eficiência em uma temporada, com um rating de 192,3. Esse rating é entendido quando se leva em consideração que foram 3998 jardas em 267 passes completos (foram 369 passes tentados) e uma porcentagem de acerto de 72,4% para 36 TD’s. Ele assombrou os especialistas quando terminou o primeiro mês de competição com mais passes para TD que passes incompletos.
Correndo, Griffin, foi à semi-final olimpica nos 400m com barreiras, marcou 644 jardas em 161 tentativas para 9 TD’s. O momento mágico aconteceu em uma terceira descida decisiva contra TCU, quando RG3 atacou de WR e recebeu um passe de 15 jardas que foi crucial para a vitória de sua equipe por 50-48.
O simples fato de Griffin estar em Baylor é um daqueles acasos que o lado prejudicado nunca vai se esquecer. Ele foi parar no Texas, porque, Art Briles, o treinador que o havia recrutado foi demitido de Houston e assinou com Baylor Bears. Fiel ao treinador, foi para a nova universidade, depositando confiança no trabalho deste.
Mesmo sabendo que o desafio seria bem domaior e o trabalho extremamente mais árduo, a dupla Griffin-Brilles confiou desde o principio na capacidade que ambos tinham para levar o programa adiante. O coach apostou em Griffin como poucos fariam - devido ao seu porte muitos o mudariam para safety ou wide receiver, mas Brilles não. Ele ensinou Griffin a ser um jogador de NFL e o mesmo correspondeu totalmente dentro de campo na NCAA dando os resultados ao seu treinador. Griffin tem muito trabalho na revolução do programa, mas não o teria feito sem Briles. Os dois levaram Baylor ao primeiro bowl desde 1994 no ano passado e este ano repetiram o feito, o Heisman foi a cereja no topo do bolo na última temporada de Griffin no college.
“Se a NFL vem bater a sua porta, tenho certeza que você estará respondendo na porta”. Griffin disse isso e também disse que não escolheu se vai pra NFL ou não na próxima temporada. Formado em Ciencias Politicas com mestrado com conclusão prevista para a próxima primavera, ele ainda pretende se formar em Direito em Baylor. O Ensino Superior nos Estados Unidos funciona de maneira diferente. Para se formar na Faculdade de Direito de uma dada universidade o aluno tem que passar 4 anos na undergraduation (Ciências Políticas, História e etc) e mais três em Direito em si (Graduation).
Essa, talvez, seja a dúvida que paira sobre a cabeça dele, mas depois do Heisman, ele pode ter certeza que rejeitar a NFL agora será um até logo, pois em 2013 ela voltará a bater em sua porta.
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abrange desde a cobertura da temporada da NCAA e da NFL
até curiosidades históricas das mesmas.
