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| Ele foi o tema de nosso primeiro texto. Sabe qual é? |
>>Ao final de 2010 o Facebook vinha galgando território do Orkut dentre as mídias sociais no Brasil. A cada dia que passava cada vez mais usuários migravam de um para outro. Também no final de 2010 começou esta bagaça.
Em setembro, Victor Sorensen começou o recrutamento (a dedo) de todos os 6 escritores que viriam fazer parte do renascimento do Orkut para alguns num momento de agonia do mesmo. A ideia era fazer um blog dentro de uma rede social - algo que nunca fora feito antes. Mister, a ideia era de aproveitar a visibilidade que a fluidez de usuários dava a uma comunidade do Orkut com pouco mais de 20 mil membros.
Em novembro, pois, fui contactado por Victor. A primeira reunião foi via skype e ninguém se conhecia. Ficou claro, entretanto, que ali estavam pessoas que entendiam de Futebol Americano como eu nunca tinha visto na vida. Fiquei, a priori, até um pouco acuado. Minha virtude dentre aqueles gênios era a capacidade de linguagem - o que me levou ao posto de editor adjunto ao final de janeiro antes da morte de Sorensen.
Naquela reunião decidimos o nome do grupo. Alguns nomes vieram à cabeça. Jornal do FA, Liga do Futebol Americano. Foi aí que Victor deu a ideia: "tem que ser algo que, sei lá, choacalhe com a cabeça de todo mundo". Imediatamente, complementei brincando, em alusão a uma contusão típica do FA: "Tipo uma concussão?". E aí ficou.
Depois tivemos que pensar em uma identidade visual. Na hora veio na cabeça de todos nós algo como uma "marca" de introdução de algo legal e com conteúdo. Surgiu o ">>". Depois Victor nos reuniu e falou que nosso foco seria a história do FA e fatos por trás das notícias. Ali nascia o contexto de [DOC NFL].
Tudo acertado e decidimos lançar o "blog" no meio dos playoffs. 14 de janeiro foi o dia escolhido. Dentre alguns textos já feitos, Sorensen acabou por escolher o meu para estrear o TC. Pereba que algumas de nossas marcas já existiam: os dados históricos, a interatividade, enfim. O resto é história. Siga na íntegra o texto postado naquele dia no Orkut.
"Olá a todos. Eu sou The Concussion; de tempos em tempos virei nesta comunidade e postarei um texto sobre qualquer coisa que tenha a ver com NFL. Enfim, sem mais delongas;
Os canhotos por anos foram considerados "demoníacos", sobretudo na Idade Média. Até meados do último século, os pais obrigavam os filhos canhotos a escreverem com as duas mãos - os chamados ambidestros. Enquanto no nosso parente inglês um bom canhoto como Maradona ou Messi é endeusado, na NFL nunca foi assim. Quarterbacks canhotos são, por vezes, estranhos;
Só para citar um número: de todos os Quarterbacks que já jogaram na NFL, pouco mais de 30 são canhotos, sendo o primeiro na década de 50. Destes, quais você se lembra? Michael Vick? Steve Young? Cavando um pouco dá para achar mais.
Um quarterback canhoto muda toda a dinâmica do ataque (e da defesa também, por que não?): Primeiro de tudo: o strong side vira blind side. O LT (que, na teoria tem que ser o melhor bloqueador, uma vez que protege o lado que o QB não vê - blind side) tem que ser um bloqueador para corrida. O homem responsável pela proteção do lado cego "inverte-se": vira o RT.
E se você pensa que as mudanças resumem-se aos bloqueios, engana-se: o Tight End começa a fazer rotas para a esquerda com mais freqüência (aqueles "L" clássico, o chamado "out"), uma vez que o strong side vira o lado esquerdo do ataque. Além disso tem uma mudança praticamente imperceptível: em vez da bola girar no sentido anti-horário, gira para o horário. Aparentemente não muda nada, mas para os recebedores muda sim, uma vez que a bola pode cair de um lado ou de outro do ombro.
Para finalizar esse DOC: quantos QBs canhotos você conhece?"
The Concussion é um site e blog de Futebol Americano que
abrange desde a cobertura da temporada da NCAA e da NFL
até curiosidades históricas das mesmas.
