As duas Carolinas (Norte e Sul) são representadas por apenas uma equipe na NFL: Os Panthers. Em 2003 a equipe tinha esse apelido. Descubra o porquê nesta edição de [DOC NFL].
O Carolina Panthers nasceu em 1995. No ano seguinte alcançou sucesso e foi aos Playoffs. 2003 seria outro ótimo ano. Mas esse ano não veio sem muito sofrimento. Em todas as partidas.
Torcer significa se emocionar. Se comover. Ver seu time mal, então, é uma das piores coisas que existem. Ver o time que você ama na NFL chegar ao final da temporada com 15 derrotas é pior ainda. 2001 foi o pior ano da curta história de Carolina. O Head Coach da equipe era o laureado George Seifert, anteriormente campeão e herdeiro do 49ers de Bill Walsh. 1-15 selou o fim da era Seifert em Charlotte. Quem veio? O homem que hoje lidera Tebow, John Fox.
Aquisições foram feitas. Jordan Gross, um dos melhores OLs da história da NFL, veio pelo Draft. Proehl, wide receiver campeão pelo Rams anos antes, reforçou o corpo de recebedores que já contava com Muhammad e Steve Smith. Como quarterback, Jake Delhomme chegou pelo free agent. Delhomme fora durante duas temporadas o QB com o melhor rating na pré-temporada - quando era apenas backup em Nova Orleans.
No caminho para o Super Bowl XXXVIII, 11 vitórias e 5 derrotas. Não obstante, foram 5 prorrogações. Imagine seu time, leitor, indo em cinco vezes ao overtime e correndo o risco de perder.
O batimento cardíaco começou acelerado na primeira semana. Após liderar por 17 a 0, o Jaguars começou a ver a ascenção dos gatos cardíacos em apenas um quarto. Delhomme entrou em campo sendo reserva. Saiu titular. Após um bloqueio de punt - que virou um safety - Delhomme estava 5 pontos atrás. Venceu. 24-23 com 16 segundos para o final.
Na semana seguinte, jogo contra o rival de divisão, Tampa Bay. O Bucs era o atual campeão do Super Bowl e estava perdendo por 9-3. No final da partida fez um Touchdown e... o extra point foi bloqueado. Com 9 a 9 no placar, o Panthers foi para a primeira prorrogação da temporada e saiu vitorioso com o Field Goal.
No dia 12 de outubro a equipe de Carolina foi até o antigo RCA Dome enfrentar Manning e sua trupe. O Colts vencia por 13-3 no intervalo. Deixaram virar, 20 a 13 - até Peyton empatar a partida e o jogo ir para a prorrogação - a segunda da temporada. Depois de seis minutos, um field goal de 43 yd deu a vitória para a equipe do Sul. Panthers 23-20.
Duas semanas depois foi a vez do Saints, numa viagem ao Superdome. Adivinha o que aconteceu? Prorrogação, vitória do Saints por um field goal novamente.
Dezembro chegara e com ele a ida ao Georgia Dome e o Falcons de Michael Vick. O Panthers estava 8-2. Ficou 8-4. Os playoffs começavam a ficar ameaçados. Atlanta vinha mal na temporada, com o record de 2-10 até então. Isso não impediu 141 jardas terrestres somadas às 179 aéreas de Vick. Sim, o jogo foi para a prorrogação. Mas então veio uma interceptação aos gatos cardíacos. Ela seria retornada ao touchdown. Fim de jogo, essa seria a última derrota do Panthers naquela temporada até o Super Bowl.
Semana seguinte e vinha o Cardinals. 8-5 nas costas, os Playoffs continuavam sob risco. O QB da equipe do Arizona é um bom conhecido do torcedor do Bears: Josh McCown. E seu RB era o então decadente Emmitt Smith. No intervalo, 14-7 para o Cards. Um Field Goal para o Cards e 10 pontos do Panthers depois, um jogo empatado seria decidido em outro field goal de Kasay: 49 yds. 20-17, vitória do Panthers.
O Wild Card foi tranquilo: 29 a 10 contra Dallas. Veio, então, o forte St. Louis Rams (sim, eles eram fortes). Uma prorrogação não bastou. Houve duas. Na primeira jogada do segundo quarto de prorrogação, Bulger foi interceptado. Carolina tinha a chance de levar a vitória pra casa - mesmo que o Rams não perdesse há 14 jogos em casa. Steve Smith e 69 jardas depois, Delhomme levaria o Panthers a mais uma vitória numa prorrogação. Foram cinco. Quatro vitórias.
Num shootout no Super Bowl, o Panthers ficou do outro lado da história. 29 a 29 contra o Patriots de Vinatieri. Era o fim da temporada dos sonhos da equipe felina. Depois de tantas vitórias apertadas, uma derrota apertada. A tristeza tomou conta das duas Carolinas. Mas a emoção ficaria marcada na história da NFL.
>> AC, Editor Chefe The Concussion
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