Sim, essa é a definição denotativa. Mas essa definição é fria, não é? Sim senhor, é bastante fria. Da mesma forma que, para mim, um campeonato de pontos corridos é frio. Tem quem defenda, é verdade. Mas eu não gosto - assim, simplesmente. Não gosto porque a regularidade em esportes às vezes deixa a coisa sem graça. Imagine se os Playoffs da NFL não existisse. Ah, como seria chato. Imagine uma NFL sem Super Bowl. Sem a lenda de que Peyton Manning joga mal na pós temporada...
Playoff é o tempero que faz a NFL tão sensacional. Um jogo onde a pressão é a tônica. Esses dias, no nosso twitter, @theconcussion, disse que os Playoffs da NFL separam os homens dos meninos.
Isso não poderia ser mais verdade. Uma coisa é você jogar contra um rival de divisão na Week 1. Outra, completamente diferente, é você jogar contra um rival de divisão em janeiro - e quem perder vai pra casa. Em janeiro, pois. Por que eu frisei que é em janeiro?
Frisei que é em janeiro porque, no Hemisfério Norte, é frio. É inverno. É o chamado Football Weather - clima típico de uma partida de Futebol Americano. Disse isso porque a neve caindo em janeiro com a temporada nas mãos do quarterback... é mágico. Que o diga os torcedores do Patriots num Divisional Playoff de 2001 - o famoso Tuck Rule Game.
É mágico. É sensacional. É emocionante. Um erro custa todo um ano. A pressão faz como que você tenha que desempenhar melhor - e essa é uma virtude de poucos seres humanos no mundo. Já dizia o ditado: você conhece um homem bem quando ele está sob pressão. Sob pressão tudo muda. Não há tempo para pensar. Os instintos animais floreiam. O reflexo muscular fala mais alto. E é aí que aquele passe entra, ao fugir do sack contra o melhor time da temporada regular. Não é, Eli Manning?
É aí que quando tudo parecia perdido... a esperança volta. Quando você, em casa, está perdendo por mais de 30 pontos no intervalo para um Wild Card. E vê a temporada indo para o saco. E vê tudo acabando. E vê o Quarterback reserva liderar seu time ao comeback e à vitória. Não é, Frank Reich e Buffalo Bills?
É quando ninguém mais acredita em você. Nem mesmo seus torcedores. É quando você tem que jogar 3 jogos pela vida: Wild Card em Tampa Bay. Divisional em Dallas. Championship no frio de Green Bay. E, mesmo jogando três jogos fora de casa, você chega à final contra um time invicto. É a zebra por 14 pontos. E você vence. Você sorri.
É quando a lágrima cai pela maçã do rosto. Quando você está bêbado. Quando você vê que sua cidade, por mais que estivesse destruída há alguns anos, agora tem esperança de novo. Quando você acha que um dos melhores quarterbacks da história vai destruir seu time e virar o jogo no finalzinho. Mas, então, uma interceptação muda tudo. Você grita, comemora, chora. Você é campeão. Seu time é, na verdade, mas é como se você tivesse olhado para os olhos de Manning e pego aquela bola. Não é, Nova Orleans?
Isso é playoff. É paixão, é emoção. É tudo o que representa o Futebol Americano. É o xadrez físico, onde antes do snap a inteligência prevalece - e depois dele os músculos, em seus reflexos medulares, fazem todo o resto. Eu amo futebol americano. Eu amo NFL. Eu amo os Playoffs.
Em linguagem conotativa, do povo, o que é Playoff? É onde o incrível acontece.
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