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[DOC NFL] Ryan Leaf, Manning, Tomlinson e etc.

Por LP

A história é bem conhecida de todos. Mas, após fazermos aquele "dossiê" sobre o JaMarcus, nos sentimos na necessidade de falar de outro mega bust.

Essa história começa um pouco antes do Draft de 1998. À época os especialistas e os leigos do futebol americano discutiam calorosamente sobre quem deveria ser o primeiro escolhido dentre os dois melhores Quarterbacks da safra. O quarterback de Tennessee, Peyton Manning (que tinha como ponto forte a sua maturidade)  e o quarterback de Washington State, Ryan Leaf, que tinha como ponto forte o seu forte braço.

Depois desses anos fica fácil dizer quem é melhor, não?
Ryan jogou 32 jogos em Washington State, levando os “Cougars” ao primeiro lugar da Conferência PAC-10 (que possui USC, Oregon, Stanford e UCLA)  na história da universidade. Mas, no Rose Bowl, o campeão foi a Universidade de Michigan.

Mesmo perdendo o Rose Bowl, Leaf impressionou com uma média de 330.4 jardas por jogo e 33 TDs na temporada -recorde da Pac-10. Recorde esse que lhe rendeu o prêmio de Offensive Player of the Year da conferência. Ficou em terceiro lugar na briga pelo Heisman - atrás de Peyton e Charles Woodson, que o vencera no referido Rose Bowl pelos Wolverines.

Com os louros de seus feitos, Leaf resolveu não jogar seu senior year e se denominar elegível para o Draft da National Football League.

A história de Manning é notória. Não se faz necessário o que aconteceu antes do Draft e o que aconteceu depois - seria um desperdício de tempo. Quanto ao Draft em si, eis algo interessante. A primeira escolha era do Indianapolis Colts. Como você bem sabe, a equipe da terra das 500 milhas escolhe Manning. O segundo time a escolher era o Arizona Cardinals -  mas o Chargers, que tinha a terceira escolha, queria garantir um franchise quarterback neste Draft. O que fazer? Uma troca com um custo de oportunidade bem alto: Duas first round picks, uma second round pick e o pro bowler Eric Metcalf pela segunda pick do Draft. Ryan Leaf foi escolhido pelo San Diego Chargers.

Agora a parte cômica começa. Após ser escolhido, Leaf me solta a seguinte pérola: 

"Espero uma carreira de 15 anos, umas duas visitas ao Super Bowl e uma parada no centro de San Diego".

Para você, leitor atento do The Concussion, essa frase soa bastante irônica, não? Mas na época não parecia uma piada de mau gosto. No máximo um exagero de calouro (quem faz faculdade sabe que bixo/calouro fala o que não deve às vezes). A questão é falar e fazer. Se a máxima "cão que ladra não morde" tornar-se fato, fica feio. Bem feio.

Leaf, pois, se saiu razoavelmente bem na offseason. As coisas começam a complicar na Week 3, quando dá meia-noite e a carroagem da cinderela de Washington State vira a abóbora de San Diego: contra o Kansas City Chiefs, Leaf conseguiu completar apenas UMA das QUINZE tentativas de passe. Total: louváveis quatro jardas. 

Mas TC vai além cavando esse podre: foram três fumbles. Isso tudo em um jogo. 

Depois de nove jogos Leaf foi substituído -  com dois TDs anotados e quinze interceptações - e uma porcentagem de 45% dos passes completos para o rating de 39 pontos (que chega a ser deprimente). Isso, claro, sem levar em conta os incidentes com imprensa, torcedores e com colegas de time - principalmente Rodney Harrison.

Ryan perdeu a sua segunda temporada inteira devido a uma lesão no ombro. Só que.. isso não fez o QB (se é que se pode chamá-lo de QB) de aprontar. Brigou feio com o GM do Chargers à época, Bobby Beathard, levou uma multa e teve que se desculpar publicamente pelo ocorrido. Leaf também simulou uma lesão na mão para fugir dos treinamentos e jogar golfe e flag football na praia em paz.

Na temporada de 2000 Leaf ganhou espaço novamente (provando que, com o perdão do trocadilho aos torcedores do Chargers, um raio cai mais de uma vez no mesmo lugar): foi starter nos dois primeiros jogos - com um touchdown e cinco interceptações anotadas. Na terceira semana, então, Leaf lesionou o pulso. Ficou fora por um bom tempo. Com todos esses problemas, Leaf é cortado do elenco.

Sentiu calafrios, torcedor do Chargers?
O Tampa Bay Buccaneers contratou Leaf mesmo depois dessa zona. A franquia da Flórida mostrou interesse no atleta pelo potencial mostrado antes no college e queria colocá-lo no banco para aprender melhor. O que você acha que aconteceu, nobre leitor? O óbvio. Leaf jogou muito mal os jogos da offseason e o clube o queria como como quarto quarterback, diminuído o seu salário. Leaf recusou e foi dispensado antes do começo da temporada. 

Mas calma. Tem mais GM maluco por aí. Em 2002, o #16 foi contratado pelos Cowboys, e dispensado depois de apenas quatro jogos como starter. Um touchdown e três interceptações. Por fim, Leaf foi contratado pelo Seahawks. Apareceu em alguns treinos, mas decidiu se aposentar antes da offseason de 2003, não dando nenhuma explicação para ninguém em Seattle. 

Mas sejamos positivos: depois de Ryan coisas boas aconteceram no sul da California. As terríveis atuações da equipe - e, por consequência seu record - fizeram o Chargers ter uma pick na qual draftou um tal de Tomlinson. Valeu a pena o sofrimento? Acho que não.


The Concussion é um site e blog de Futebol Americano que 
abrange desde a cobertura da temporada da NCAA e da NFL 
até curiosidades históricas das mesmas.
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