Em um [O QUE ACHEI] mencionei que o Miami Dolphins poderia ser extinto da liga que ninguém perceberia. De fato, podem ter sido palavras infelizes - e se eu não fosse editor chefe e o Sorensen estivesse vivo eu teria sido mandado embora. Mas alguém sentiria falta, pelo menos em tese: a torcida do Bills.
Durante toda a década de 70 o Bills perdeu incríveis… TODOS os jogos para Miami. 0-20 (o que faz, logicamente, Miami ser odiada por lá). Em 1980, finalmente, a equipe do norte vence (a situação me lembra muito a seca contra New England). No final dos anos 80 a situação começa a pender para o lado de Buffalo. 1987 viu dois belos jogos, um em overtime e outro com shutout - ambas derrotas do Fins.
Os anos 90 viram essas equipes, no auge, destruírem o Patriots (que viria a ter uma 1st pico overall e Drew Bledsoe) e brigarem vitória a vitória pela primeira posição na AFC East (de modo análogo ao que vem acontecendo com Steelers e Ravens). Inclusive foi boa a analogia: Bills e Dolphins fizeram a final da AFC em 1992 (com vitória de Buffalo - rumo ao seu tri-vice do SB).
O ponto chave dessa rivalidade, entretanto, é a antítese que essas equipes representam. O contraste entre as duas cidades é bastante relevante. A tropical (ou subtropical, geograficamente falando), ensolarada e paradisíaca Miami, capital dos resorts contra a gélida e nevada Buffalo. Isso é um ingrediente e tanto. Odiamos quem não parece conosco.
Por mais que ambas as equipes (tirando Buffalo neste ano) nada vem fazendo na NFL, TC achou por bem começar essa coluna com essa rivalidade. Porque rivalidade mesmo não depende de resultados ou de boas equipes. Depende da vontade de uma ganhar da outra.
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