NFL Buffalo Bills Miami Dolphins New England Patriots New York Jets Baltimore Ravens Cincinnati Bengals Cleveland Browns Pittsburgh Steelers Houston Texans Indianapolis Colts Jacksonville Jaguars Tennessee Titans Denver Broncos Kansas City Chiefs Oakland Raiders San Diego Chargers Dallas Cowboys New York Giants Philadelphia Eagles Washington Redskins Chicago Bears Detroit Lions Green Bay Packers Minnesota Vikings Atlanta Falcons Carolina Panthers New Orleans Saints Tampa Bay Buccaneers Arizona Cardinals St. Louis Rams San Francisco 49ers Seattle Seahawks
Notícias Agora :

[GREATEST GAMES] Ice Bowl - 1967 NFL Championship


>> Por Guilherme Beltrão, em seu último texto como Concussian.

Nota do Editor: Segue, abaixo, o último texto do Guilherme, anteriormente referido como GB, até ele ter decidido sair ontem do nosso quadro de escritores. Com certeza fará muita falta! Aquele Abraço, amigo!

>>Leitor, você já sentiu frio. Isso é fato. Mas eu aposto que a temperatura que você pegou e julgou “fria” não chega nem perto da registrada na partida entre Dallas Cowboys e Green Bay Packers, em 1967, pela final da NFL (que tornar-se-ia NFC anos depois), no ano do Super Bowl II.

E quando eu digo frio, é bem frio mesmo. Os termômetros no Lambeau Field, palco da decisão, registraram a incrível marca de –26 graus Celsius. Uma temperatura atípica até para o Estado de Wisconsin. Mas espera, tem mais: com o vento a sensação térmica era de nada mais nada menos que – 44 graus Celsius. Calma, só piora: Os árbitros tiveram que gritar ao invés de usar os apitos de metal, pois havia o risco deles grudarem na boca das zebras. É marcante também o modo pelo qual John Facenda, clássico narrador da NFL Films, refere-se ao campo: The Frozen Tundra (algo como a tundra congelada, sendo que a tundra é a vegetação de regiões extremamente frias).

Note na respiração dos jogadores
Só pelas condições climáticas que a partida tivera, o jogo já seria marcante. Porém, aliado a isso, junte duas franquias tradicionais, e uma final de liga (já que não havia conferência ainda), bem como a chance de massacrar qualquer equipe da "fraca" AFL que viria pela frente no Super Bowl. Não poderia ser diferente.

O confronto envolvia o campeão da Capitol Division – o formato da NFL naquela época era diferente dos dias de hoje - Dallas Cowboys do técnico lendário, que hoje figura no Hall da Fama, Tom Landry, versus os Packers, campeão da Central Division. E no comando dos Packers, o lendário e também hall of famer Vince Lombardi, simplesmente a pessoa que dá nome ao troféu de campeão do Super Bowl hoje em dia. Era a reedição da final da NFL de 1966, na qual deu Packers pelo placar de 34 x 27 para os cabeças de queijo.

Sem mais delongas, vamos ao jogo.

Os Packers abriram um placar num drive que durou 9 minutos e 83 jardas, juntando duas faltas dos Cowboys e um passe de 17 jardas, em 16 jogadas os “cheeseheads” estavam perto de marcar. E marcaram. Bart Starr, QB dos Packers, achou Boyd Doyler na endzone, num passe de 8 jardas.7x0.

Rapidamente a defesa de Green Bay forçou um punt, e com a bola novamente, marchou até a endzone de Dallas, com um passe de 46 jardas de Starr para Dowler de novo. 14 x 0 e o Lambeau Field ia abaixo.

E os Packers não pararam por aí. Na segunda posse de bola de Dallas, o QB dos Cowboys, Don Meredith foi interceptado pelo defensive back Herb Adderly, colocando os Packers na linha de 32 jardas do campo de ataque, o que daria aos empacotadores no mínimo a condição de chutar um Field Goal. Porém, após uma corrida para nenhum ganho e um passe incompleto, o linebacker George Andrie consegue um sack em Starr e conseqüentemente uma perda de 10 jardas, que tira a chance de chutar um field goal pela distância até o “Y” (que naquela época ficava no meio da endzone).

No segundo quarto, incrivelmente, o ataque dos Cowboys não conseguiu nenhum first down. E mesmo assim, conseguiu anotar 10 pontos e encostar no placar. Tudo isso graças a dois turnovers do ataque de Green Bay. Resultado até aquele momento era de 14x10.

Após um terceiro quarto sem pontuação por parte das duas equipes, o quarto período foi inaugurado com um passe de 50 jardas do RB dos Cowboys Dan Reeves (isso mesmo, RB) - na jogada conhecida como “halfback option”, onde o RB tem a opção de correr ou lançar a bola antes de passar pela linha de scrimage – para o WR Lance Rentzel, e Dallas virava o jogo. 17x14.

Após algumas campanhas sem sucesso, uma falta contra os Cowboys poderia ter resultado num field goal que empataria o confronto. Mas o kicker Don Chandler errou e os Cowboys seguiam vencendo a final.

O bloqueio fulminante.
Pois, restando 4:50 no relógio, iniciava-se a campanha que daria a vitória aos Packers. Com três passes de mais de 10 jardas completos, Starr colocava os cheeseheads perto da enzone. E com uma corrida de 8 jardas do fullback Chuck Mercein, os Packers estavam a 3 jardas da glória. Restando 16 segundos, Starr pediu um tempo para pensar na jogada decisiva com Vince Lombardi. Após decidirem, o QB dos Packers, na jogada conhecida como “QB Sneak”, correu para 3 jardas e selou o destino das duas equipes na competição. Seria injusto, entretanto, nomear essa jogada como "qb sneak". Não foi apenas isso. A jogada é lendariamente conhecida no foclore da NFL como "The Block". Isso porque, se não fosse o bloqueio de Jerry Kramer (Packers, OL), no DT Jethro Pugh não haveria touchdown. Aliás, você já reparou como os bloqueios são deixados de lado na apreciação dos fãs mesmo sendo parte tão importante do jogo?

Após o extra-point ficou 21 x 17 Packers. Os empacotadores voltariam mais uma vez ao Super Bowl - e o venceriam novamente.


The Concussion é um site e blog de Futebol Americano que 
abrange desde a cobertura da temporada da NCAA e da NFL 
até curiosidades históricas das mesmas.
Compartilhe este Artigo :
 

© Copyright BACKUP The Concussion 2010 -2011 | Design by Herdiansyah Hamzah | Published by Borneo Templates | Powered by Blogger.com .