>> Por Sebastião Souza, Leitor de The Concussion.
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>> Estava eu ao meio dos meus estudos de uma prova final da faculdade queterei amanhã, lendo a definição de geno valgo, geno varo, pé equínio; todaspalavras estranhas mas de significados simples. Todavia, ao dar uma pausa noestudo e ver uma notícia compartilhada no Facebook de um amigo, me deparo com isto:“Rob Gronkowski setthe NFL season record for TD catches by a tight end today with his 14th grab”.E o que isso tem a ver com o título do texto? Tudo. Este recorde é um reflexodo que “Los Patriotas de La NuevaInglaterra” se tornaram aquilo que qualquer torcedor não queria, o IndianapolisColts da década passada. Sim, o pesadelo virou realidade.
Outrorauma equipe que a referência era McGinest, o assassino de QBs; Ty Law, o melhorreceiver de Peyton Manning; Richard Seymour, o defensive line-defensive line (parafraseando o Odvan que erazagueiro-zagueiro HAHA); Rodney Harrison, o sujo e odiado porém grandedefensive back e contrastando com ele, no estilo yin-yang, Teddy Bruschi. Poisé, muitos novos torcedores nem devem conhecê-los, talvez apenas saber os nomese tal. Não os culpo, é mais fácil se apegar ao poderoso ataque que atrai jogose dá mídia, do que a parte chata, entediante que é quando a defesa sesobressai. Agora os líderes são outros, Tom Brady se estabilizou como, nomínimo, entre os dez melhores da história em sua posição; Wes Welker veio aoestilo “mineirinho” em 2007 e, em apenas uma temporada, se tornou um dos maismortíferos altetas da NFL; a OL que antigamente era razoável a boa se tornouexcelente e, desde o ano passado, mais dois integrantes foram adicionados atrupe: Rob Gronkowski e Aaron Hernandez. É, só agora o “Gronkão” foi citado, eprovavelmente por aqui ele ficará. Mas que continuemos o papo de que o time deBB se tornou um novo Colts e lhes explicarei o porquê.
Como já foi abordado aqui, a transformação que Peyton Manning fez com otime de Indiana foi tremendo - porém isso teve um custo: a fama de amarelão. Emcontraste ao super ataque, que encantava os EUA de Costa a Costa, a defesasempre foi o elo fraco daquele quebra-cabeça azul e branco. Sempre que o timeprecisava de uma atuação mais sobre-humana do que o irmão de Eli já fazia,normalmente nos playoffs, ele falhava. Não sei se culpo ele ou ao que já foisupracitado, a defesa. Mas enfim, isso ficou bem claro na temporada de 2006, jáno quarto final daquele ano, quando Bob Sanders voltou a equipe.
Como todos sabem, o mesmo tem um histórico grave de lesão e aquele anofoi só o começo do fim de sua curta e brilhante carreira. Enfim, sua adição erao que faltava àquele Cover 2 /Tampa 2 normalmente usado pelo time do entãotécnico Tony Dungy.
Este esquema trabalha com um esquema de marcação à zona bem elaborado,fazendo com o que as rotas curtas sejam muito difícieis de serem acertadas,acarretando na importância da posição de Sanders, os safeties. A defesa dos“Ferraduras” já possuía uma ótima defensive line e um grupo de linebackers quenão era brilhante mas fazia o feijão com o arroz. Enfim, quando o mesmo voltou,somado com o “draftamento” de Antoine Bethea, o quebra-cabeça foi resolvido. Oresultado na pós-temporada foi devastador, as vítimas foram o Chiefs, Ravens eo meu querido Patriots.
A maneira com o que o time de Kansas foi para os playoffs foi sinistra.Uma derrota do quase classificado Denver Broncos para o 49ers culminou naeliminação do time de Colorado e do assassinato de Darrent Williams, defensiveback titular, que morrera nos braços do companheiro Javon Walker. Enfim, o jogofoi um passeio para o Colts, não dando chance alguma ao Chiefs, vencendo por 23a 8. Porém o batismo de fogo viria na semana seguinte, contra o BaltimoreRavens. A equipe liderada pela lenda viva Ray Lewis vinha de um estrondoso ano,aliado aos fatores da mudança na calada madrugada do Colts de Maryland paraIndiana na decada de 1980, tornaram a partida a ser a mais vista daquelarodada. O jogo foi tão tenso que apenas field goals foram marcados, no total desete; a equipe de Peyton sagrou-se vencedora, 15 a 6. Aquele seria apenas oprimeiro teste, o maior de seus pesadelos estaria ainda por vir, o timeFoxborough. Na mesma semana em que derrotara o Ravens, o Patriots apenas tinhaderrotado de forma espetacular a sensação do ano, o San Diego Chargers, comdireito a fumble forçado pelo receiver/cornerbackTroy Brown após Brady ser interceptado.
Nem o mais pessismista torcedor esperava por tamanho passeio doadversário, 21 a 6 no primeiro tempo, apenas. Todos já cravavam, Tom Brady eBill Belichick a melhor dupla da história, mas eles não eram o finado PolvoPaul. O segundo tempo foi o retrato do que seria aquele ano para todainstituição do Indianapolis e, principalmente, Peyton Manning: redenção. O timeapenas marcou 32 pontos e limitou New England a 13. Outro dragão fora mortopelo filho de Archie, mais um pesadelo vencido. Todavia o desafio agora eraoutro, o Super Bowl. E mesmo com Devin Hester quebrando um recorde no primeirominuto de jogo, o camisa 18 conseguiu seu primeiro anel.
Infelizmente, a vitória parou aí, não houve nenhuma dinastia. Mesmo comum recorde 39-9 nas três temporadas seguintes e mais uma aparição no jogo maisesperado dos Estados Unidos, foi “só”. A sina que aparentemente tinha sidosuperada contra o New England Patriots e Chicago Bears, voltara. Mas,curiosamente, ela pousou em solos de Massachusets também.
Após a espetacular derrota em 2006, Robert Kraft investiu pesado naequipe. O resultado foi a quase melhor equipe de todos os tempos em 2007. Oquase acaba por ter nome e sobrenome: New York Giants e até um quê dearrogância por parte de BB, Brady e sua patroa. No ano seguinte, altasexpectativas, as quais foram ao chão junto de Tom, Bernard Pollard e uma lesãono joelho. Cassel apareceu das cinzas, venceu 11 partidas mas não foisuficiente nem para conseguirem uma vaga para os playoffs.
Nos dois anos consecutivos, 2009 e 2010, viu o nascimento (ourenascimento se for comparar com 2007) de uma cara aos Patriotas. Um ataquepoderoso, com a melhor OL da liga e um jogo aéreo que consegue tapar as falhasdo terrestre. Mas será que aquela derrota no finado RCA Dome amaldiçoou o atualMVP e o pupilo de Bill Parcels? O que aconteceu com a feroz e intimidantedefesa, que junto a Brady ganharam três anéis?
Esse relato é um desabafo de um torcedor: eu quero uma defesa tão fodaquanto aquela de volta! Jerod Mayo, Patrick Chung e Devin McCourty, têm tudopara serem os novos Bruschi, Harrison e Law; porém eles sozinhos não farãomilagre...
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