Os Packers foram fundados em 1919. Entretanto, o primeiro confronto entre as duas equipes só aconteceu 42 anos depois, devido ao fato do Minnesota Vikings só ter sido fundado em 1960. E os primeiros 10 jogos não foram nada animadores para os Vikings: os Packers venceram nove. Vince Lombardi era o HC da equipe que venceria os primeiros Super Bowls. Apenas no fim da década os Vikings começaram a vencer com maior regularidade.
Na primeira temporada de Super Bowl dos Vikings, os Packers já não tinham Vince Lombardi na sideline como HC e isso fez a equipe decair muito - enquanto que os Vikings iam de vento em popa. Em 1969, os Vikings venceram os Packers duas vezes com relativa dificuldade, mas terminaram a temporada com o recorde de 12-2. No NFL Championship Game, os Vikings venceram os Browns por 27-7 e avançaram para o seu primeiro Super Bowl da história, em que perderiam para a equipe que representava a AFL, o Kansas City Chiefs.
Na década de 70, o domínio foi absoluto dos Vikings: de 20 jogos, 15 foram vencidos pela franquia de Minnesota, enquanto que os Packers afundavam sem o mítico Lombardi. Em 1973 os Vikings venceram os dois jogos da temporada e novamente chegaram ao Super Bowl, mas perderam de novo. E a temporada seguinte foi à mesma coisa: os Vikings chegaram ao Super Bowl, mas perderam. E claro que o torcedor dos Packers iria tirar aquela casquinha, não é? A equipe já tinha o Super Bowl e era isso que importava.
Depois da última vitória dos Packers contra os Vikings (em 1974), os Vikings ficaram nove jogos sem perderem para os cheeseheads. Nesse meio tempo, os Vikings chegaram a mais um Super Bowl, em 1976. Porém, perderam. De novo. De qualquer forma, a freguesia dos cabeças de queijo começava. Mas não duraria muito.
Na década de 80, a barca começou a virar. Os Vikings perderam totalmente o domínio sobre os Packers, que na década só chegaram aos playoffs uma vez, em 1982, enquanto que os Vikings chegaram cinco vezes. Em 19 confrontos entre essas equipes, 14 foram vencidos por Green Bay. Ao mesmo tempo, as equipes ainda não haviam se enfrentado numa pós-season. E com o desempenho pífio das equipes nos playoffs, isso não aconteceu na década de 80. O draft de 89 merece um destaque especial para os Packers: com a segunda pick disponível e jogadores como Derrick Thomas, Barry Sanders e Deion Sanders disponíveis, os Packers selecionaram o jogador de linha ofensiva Tony Mandarich. Um bust total. A ESPN o listou como a terceira maior decepção do esporte em 25 anos.
A década de 90 foi especial para as duas equipes: os Vikings, de 92 a 99, chegaram aos playoffs SETE vezes. Enquanto isso, os Packers começavam a escrever a história de um jogador especial da NFL: Brett Favre, que custou a 1st pick do Atlanta Falcons no draft de 1991, chegava a Green Bay.
Em 1992, Favre já era o starter dos Packers. E os primeiros jogos do quarterback contra os Vikings não foram nada animadores: ele perdeu os quatro primeiros. E em 93-94, os Packers chegaram aos playoffs e na segunda rodada dos mesmos, em que perderam nas duas vezes para o Dallas Cowboys, em Dallas. Enquanto isso, os Vikings, nas duas temporadas, chegaram aos playoffs, mas foram eliminados no wildcard.
Em 1995, os Packers mais uma vez chegaram aos playoffs, e os Vikings não. Sem sucesso, as duas equipes chegaram a pós-temporada de 1996. Novamente os Vikings caíram nos playoffs para os Cowboys, enquanto que Green Bay, com a 1st round bye, venceu no NFCCG os Panthers por 30-13 e chegaram ao Super Bowl. Lá, venceram os Patriots por 35-21 e conquistaram o Vince Lombardi Trophy mais uma vez. Enquanto isso, os Vikings tinham quatro Super Bowl appearances, mas não tinham conquistado nenhum. (Poucos anos antes, a mesma coisa aconteceu com os Bills. Em um dos Super Bowls, aconteceu o famoso Wide Right Game).
Enquanto Favre já se consolidava lá pelas bandas de Wisconsin, os Vikings chegavam como já se tornava de costume aos playoffs. Faltava chegar ao Super Bowl. E com a vitória no wildcard da temporada de 1997, a expectativa por um confronto com os Packers na pós-temporada cresceu. As duas equipes estavam no divisional round. Só que os Packers venceram e os Vikings perderam... No NFCCG, os Packers venceram os 49ers e chegaram ao Super Bowl novamente. Mas não suportaram os Broncos de John Elway e o Vince Lombardi não voltou pra casa naquele ano.
Um dos jogos mais interessantes da rivalidade aconteceu em 1998: em um Monday Night Football no Lambeau Field, o então calouro Randy Moss participava de seu primeiro MNF. E ele correspondeu às expectativas: 5 recepções, 190 jardas e 2 TDs. Brett Favre lançou 3 interceptações naquele jogo e, com 4 TDs aéreos, os Vikings venceram por 37-24. A guisa de informação, mais uma vez as duas franquias (que tinham bons times) chegaram aos playoffs, sendo que Minnesota teve 15-1 na temporada regular e era favorito na NFC. E enquanto Green Bay caia no wildcard, os Vikings chegariam ao NFCCG. Mas lá, perderiam para o seed #2 Falcons por 30-27 num grande jogo.
A temporada de 1999 prometia para as equipes. Mas ficou só na promessa mesmo: Minnesota caiu no divisional round e Green Bay nem chegou aos playoffs. E no ano seguinte foi a mesma coisa: apenas Minnesota nos playoffs. Eles chegaram ao NFCCG, mas perderam para os Giants e o sonho de conquistar o Super Bowl mais uma vez estava acabado. Nos confrontos entre as duas equipes na década, Minnesota levou vantagem por 12-8.
E a sorte virou em 2001: os Packers foram aos playoffs e Minnesota ficou na temporada regular. Os Packers até venceram o wildcard round, mas não suportaram o The Greatest Show on Turf, dos Rams. 45-17 e fim de temporada. Aquele ano, no mundo (e isso influenciou um pouco a NFL no inicio da temporada), ficaria marcado pelos atentados de 11 de Setembro.
Em 2002, todas as divisões estavam com 4 equipes. Packers e Vikings se mantiveram na NFC North. E os Packers foram aos playoffs, diferentemente dos Vikings que ficaram fora pelo segundo ano seguido. Mas os Packers, apesar da boa campanha na temporada regular, não dificultou para Atlanta no wildcard round e foram eliminados por 27-7. A rivalidade entre as equipes era uma das maiores da NFL, mas apesar da constante chegada aos playoffs, nenhum jogo de pós-season havia ocorrido entre as duas.
Em 2003, os Vikings continuaram sem visitar os playoffs, enquanto que os Packers venceram a divisão mais uma vez e estava nos playoffs de novo. Mas a forma de como os Vikings ficaram fora dos playoffs, essa sim foi sensacional: num jogo contra o Arizona Cardinals, numa 4th & 28 com o cronometro por zerar, os Cardinals completaram um passe para TD e acabaram com o sonho dos playoffs de Minnesota. E a divisão ficou sem qualquer representante no Super Bowl.
Em 2004, mantendo Culpepper under center, os Vikings voltaram aos playoffs. E Culpepper teve uma grande temporada, apesar do 8-8. Com Minnesota de WC e os Packers de campeões da NFC North. E logo no WC, eles se enfrentaram no primeiro jogo de pós-season entre os mesmos: 31-17 para Minnesota, que cairia pro futuro campeão da NFC no divisional round, Philadelphia Eagles. Na temporada regular, os Packers venceram os dois jogos contra os Vikings.
Em 2005, Randy Moss era trocado e dava adeus a Minnesota. Culpepper se machucou no meio da temporada e os Vikings não conseguiram nada, e os Packers também não. Naquele ano, Favre ainda era o titular dos Packers, mas ali Green Bay draftaria uma futura estrela da franquia: Aaron Rodgers. Em 2006, a história se repetiria: sem grandes equipes, nenhuma das duas franquias iria aos playoffs.
Em 2007, com Favre muito perto da aposentadoria, os Packers chegaram a 13-3 na temporada regular, vencendo os dois jogos contra Minnesota (sendo um por 34-0). Os Vikings obtiveram 8-8 e não chegaram aos playoffs. Uma derrota para o futuro campeão do Super Bowl, New York Giants, acabou com a temporada dos Packers. E ali, Brett Favre terminara sua história em Green Bay.
Em 2008, Favre tinha uma nova equipe. E enquanto Favre tinha uma temporada discreta pelo New York Jets, os Packers, com Rodgers no gridiron, não conseguiram chegar aos playoffs, enquanto que os Vikings alcançaram um 10-6 e chegaram aos playoffs, mas caíram no wildcard para os Eagles.
Agora, recapitulem uma frase que acabei de dizer: “...e ali, Brett Favre terminara sua história em Green Bay” Terminara a história em Green Bay, mas não a história com o mesmo. E em 2009, Brett Favre assinou um contrato para jogar com o grande rival do Green Bay Packers, o Minnesota Vikings.
O anuncio causou muita surpresa, visto que Favre havia anunciado a aposentadoria, mas voltou atrás e foi jogar logo no maior rival da equipe em que ele havia feito história. Vai entender...
E olha só a reviravolta que o garoto fez em Minneapolis: os Vikings venceram a divisão com 12-4, enquanto que os Packers conseguiram o WC com 11-5. Só que Green Bay caiu no wildcard para os Cardinals de Kurt Warner em um jogo espetacular: 51-45. E Minnesota chegou no NFCCG, mas perdeu para o New Orleans Saints. A temporada de Favre havia acabado. Mas em 5 de outubro de 2009, Favre conseguiu uma façanha especial: em Green Bay, ele já havia derrotado 31 franquias da NFL, menos o próprio Green Bay Packers. E com a vitória em 2009, ele se tornou o primeiro jogador da história a conseguir esta façanha.
Só que será que Favre já não deveria ter se aposentado? Em 2010, ele não o fez, e não conseguiu repetir a temporada de sucesso: apenas 6 vitórias na temporada regular e sem vaga nos playoffs. E Green Bay conseguiu a vaga no último jogo, contra outro grande rival: o Chicago Bears. O WC de Green Bay foi suficiente para vencer Eagles, Falcons e Bears na chegada ao Super Bowl. E ai, o jogador que estava se tornando estrela em Green Bay foi decisivo: Aaron Rodgers comandou uma grande vitória sobre o Pittsburgh Steelers e os Packers conquistaram o quarto Super Bowl da história da franquia. Era um banho de água fria em Minnesota.
Em 2011, sem Favre que finalmente se aposentara, os Vikings tiveram a pior temporada de sua história: apenas 3 vitórias na temporada regular. Enquanto que os Packers venceram os 13 primeiros jogos e Rodgers vinha jogando como Deus. O maior massacre da história dos jogos entre as equipes aconteceu em 2011: 45-7.
Com a boa posição no draft, talvez os Vikings consigam um bom jogador e façam uma reformulação. Já os Packers necessitam de melhorar a defesa com urgência, e ai comandar uma dinastia na NFL.
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